O Verão começou há 2 dias, o sol reina absoluto até 21h30 e minha mãe chega daqui 15 dias. Ou seja, nenhum motivo para melancolia.
Mas ontem a saudade apertou 2 vezes, pensando naqueles que sei que não vou ver tão já.
Saudades das minhas tias, do meu tio, das minhas amigas. Saudades de estar junto, de abraçar, de conversar sentados no sofá, de cantar no carro, de dividir a mesma mesa. Aquelas saudades que Skype, Messenger e email não resolvem.
Nem precisa ver a pessoa todo dia, mas saber que ela está por perto. Que de metrô você chega lá. De carro, ônibus, avião, que seja. Mas saber que vocês estão no mesmo hemisfério, no mesmo fuso horário, no mesmo feriado.
Logo que cheguei aqui batia uma saudade de manga cheirando na fruteira, de pastel com caldo de cana, de escondidinho de carne seca. Mas nesse tipo de saudade a gente dá um jeito, pede pra mãe contrabandear uma carne seca na bagagem, de vez em quando investe 40€ num restaurante brasileiro, adapta e reinventa algumas receitas.
O que não dá pra reinventar é o abraço da tia, uma noite no bar jogando conversa fora, uma tarde no museu, ano novo na praia. Essa coisa de estar junto, de se reunir pra falar besteira e dar risada, de ficar feliz por estar por perto, sem nenhum motivo especial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário